Que venha o outono!

Quero me deparar com aquele horizonte alaranjado. 

Quero aquele sentimento de renovação tomando conta de mim, do meu coração.

Enquanto as folhas estiverem caindo a minha mente irá divagar.

Sentarei a marginal do parque, talvez a beira do lago, e contemplarei.

Lembrarei que Alguém sustenta tudo aquilo que exímia perfeição, sem esforço algum. Algo assombrosamente maravilhoso para mim, tão pequeno e frágil, pecador.

Escutarei mais uma vez aquela voz calma, porém firme, dizendo: "Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, Eu não me esquecerei de você!" Sentirei mais uma vez, como se tivesse sido abraçado por completo, por uma esperança eterna.

Enquanto pegar o caminho de retorno, me depararei novamente com meu reflexo em uma vidraça, ou em um espelho qualquer. - E então lembrarei: "Ele não se esqueceu de mim!"

Em cada momento, em cada passo, e em cada situação Ele esteve presente!

 Não por "quem eu sou" mas por quem Ele é!

 E isso NUNCA vai mudar. 

Essa esperança viva, que habita em todo aquele que é achado naquela Cruz. 

As folhas cairão, a natureza mudará, e a minha mente vai viajar. 

Sentarei a marginal de mim mesmo, e não só em dias de outono me lembrarei:

Ele NUNCA se esqueceu de mim.